A agência climática da ONU publicou, nesta quinta (17/11), um primeiro rascunho do que poderá ser o documento final da COP27. O texto em circulação não exige a redução gradual de todos os combustíveis fósseis, como Índia e União Europeia haviam solicitado.
— O documento repete a meta da COP26, de “acelerar as medidas para a redução progressiva da energia a carvão ininterrupta e eliminar gradualmente e racionalizar os subsídios aos combustíveis fósseis ineficientes”.
— Desde o início da conferência, membros de ONGs e países apontam a grande quantidade de representantes da indústria de petróleo e gás natural presentes no evento – Cresce número de lobistas de energias fósseis nas negociações climáticas da COP27
Reivindicação dos países em desenvolvimento e emergentes, a criação de um fundo para perdas e danos não está no texto preliminar. Este apenas “saúda” o fato de que as partes concordaram, pela primeira vez, em incluir o tema na agenda da COP.
— O documento não inclui um cronograma para decidir se um fundo separado deve ser criado, ou como deve ser. Isso não significa, porém, que os negociadores não irão incluir algo relativo ao tema no documento final, previsto para a noite de sábado (19/11).
A segurança energética é um tema que perpassa as discussões climáticas com mais força este ano, após os choques inflacionários provocados pela invasão da Ucrânia, com ameaças ao suprimento de óleo, gás e combustíveis.
O texto “enfatiza a importância de envidar todos os esforços em todos os níveis para atingir a meta de temperatura do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C além dos níveis pré-industriais e buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais”. Valor
G20 mantém compromisso com meta de 1,5ºC e pressiona a COP Líderes do grupo, reunidos em Bali, na Indonésia, concordaram em se ater à meta de aumento da temperatura global definida no Acordo de Paris, em 2015, apesar de a crise energética desencadeada pela guerra da Ucrânia ameaçar esse objetivo. Bloomberg
Mais de 95% do consumo mundial de carvão vêm de países com compromissos net zero, aponta relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) divulgado nessa quarta (16/11). A demanda global pelo combustível fóssil tem se mantido estável em níveis recordes na última década.
Petrobras reduz preço do GLP em 5,3% A partir desta quinta (17/11), o preço médio do gás de cozinha passará de R$ 3,7842 para R$ 3,5842 por quilo nas refinarias da estatal. Com isso, o valor médio do botijão de 13 kg fica em R$ 46,59.
FONTE: EPBR