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Relaxamento de regras preocupa mercado de combustíveis

As medidas de urgência tomadas pela ANP na terça (1/11) para evitar o desabastecimento dos combustíveis no país, devido ao bloqueio de estradas feito por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), causou preocupação no mercado. Para o IBP, algumas decisões criam instabilidade e não vão evitar uma possível falta de produtos.

— O instituto considerou corretas a liberação dos estoques mínimos e a flexibilização de espaço entre distribuidores, “de forma a agilizar e otimizar a gestão dos estoques”. Mas criticou a liberação de marcas no GLP e a flexibilização de venda direta de gasolina e diesel aos postos por transportadores revendedores retalhistas (TRRs).

— De acordo com o IBP, essas medidas já foram testadas e “pouco contribuíram” em situações anteriores. “Ao contrário, geram ineficiência operacional, insegurança nas relações entre os agentes da cadeia e criam espaço para eventuais abusos e distorções difíceis de fiscalizar”, completa o instituto.

Como medida adicional, o IBP afirma que é urgente avaliar a flexibilização do percentual obrigatório de biodiesel misturado ao diesel, “haja vista a dificuldade de fazer chegar esses produtos nas bases de mistura das distribuidoras, atrasando a comercialização do diesel, já crítica em vários pontos do país”.



Bloqueios continuam A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que havia 86 bloqueios em estradas federais do país nesta manhã (3/11), pouco mais da metade dos 167 registrados ontem. Não há ocorrências em 15 estados e no DF.

— Ontem (3/11) à tarde, diante da permanência de bloqueios, o IBP afirmou ainda ter “grande preocupação com o risco real de desabastecimento de combustíveis em alguns polos em todo o país”.

São Paulo apresentava a situação mais crítica, com a operação de refinarias afetada pela falta de escoamento de derivados, segundo informações do IBP da noite de terça (1/11).

— O risco de falta de combustível provocou uma corrida aos postos na capital e em outras cidades paulistas. Algumas regiões registraram falta de produtos.

— Na tarde de ontem, 80% dos postos da região de Campinas estavam sem combustível, sobretudo gasolina e etanol. A situação levou a Prefeitura de Limeira a decretar estado de emergência e determinar que postos reservassem 5% de seus estoques para o abastecimento da frota de serviços essenciais do município.

— O desabastecimento também era grave em Santa Catarina. De acordo com os revendedores, 70% dos postos do estado estavam sem produtos. Folha

Nesta manhã, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contrários ao resultado da eleição ainda bloqueavam vias no Acre, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. g1

— Bolsonaro voltou a pedir o fim dos bloqueios. Em vídeo publicado em redes sociais nessa quarta (2/11), disse que as manifestações eram “legítimas” – ainda que contestem o resultado eleitoral – mas que “o fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas”. g1

— A contabilização dos prejuízos provocados pelos movimentos golpistas começa a ser feita. Segundo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), o setor prevê perda de pelo menos R$ 700 mil a cada dia em que as estradas seguem bloqueadas. CNN

FONTE: EPBR