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Carro elétrico e com etanol – as opções para os veículos elétricos no Brasil

A descarbonização no setor de transportes passou de discussão à realidade. As mudanças climáticas já exigem uma diminuição das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e as montadoras vem sendo pressionadas por soluções em todo o mundo.

Embora os carros elétricos ainda não sejam um sucesso deste lado do Atlântico, os dados apontam para aumentos graduais.

De acordo com dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entre janeiro e setembro de 2022, foram licenciados 6,18 mil carros elétricos e 28,02 mil híbridos. Além disso, um estudo da consultoria Kearney, feito a pedido da General Motors, prevê que, até 2035, a frota elétrica brasileira terá 5,5 milhões de veículos.

Ainda assim, o setor sucroenergético possui ressalvas em relação à ascensão dos carros elétricos. Na quinta edição da Conferência NovaCana, realizada em setembro, especialistas comentaram sobre o futuro da transição energética nos transportes, considerando que o carro a etanol pode ser uma melhor opção para a troca nacional.

O biocombustível é considerado uma solução viável para as reduções das emissões, sendo uma opção renovável e mais sustentável em comparação com a gasolina.

O sócio da FG/A, Willian Hernandes, aponta que o carro elétrico é uma possível ameaça de longo prazo para o mercado de etanol. Mas ele também considera a possibilidade de entrada do biocombustível em escala global caso a eletrificação ocorra por meio de motores híbridos, que funcionam com combustíveis do ciclo Otto.

“Fazemos uma hipótese de que, em 2050, provavelmente 60% a 70% da frota elétrica vai usar parte do ciclo Otto”, prevê Hernandes. Ele acredita que neste período não ocorrerá uma eletrificação pura dos veículos, com os combustíveis tradicionais ainda se fazendo presentes.

Já o presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, considera que o carro movido a etanol é “imbatível, o mais limpo do mundo”. Ele aponta que os veículos elétricos com baterias de lítio têm uma maior pegada de carbono em todo o seu ciclo de produção – desde seus componentes até o descarte – e seriam prejudiciais ao movimento de descarbonização do setor de transportes.

No texto completo (exclusivo para assinantes), você confere mais detalhes sobre o mercado de etanol e de carros elétricos, incluindo perspectivas para o futuro da eletrificação da frota brasileira.

FONTE: NOVACANA