O petróleo fechou em queda robusta nesta terça-feira (18), em uma sessão marcada pela volatilidade. Os contratos futuros foram pressionados pelo anúncio de novas propostas da União Europeia (UE) a fim de conter o avanço dos preços de gás no continente. Além disso, a liberação de reservas dos Estados Unidos e o corte de produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) estiveram no radar.
O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,91% (US$ 2,46), em US$ 82,07 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês recuou 1,73% (US$ 1,59), a US$ 90,03 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos futuros do petróleo, que operavam em alta na madrugada, viraram para baixo nesta manhã, em meio ao fortalecimento do dólar. No entanto, o movimento não se sustentou, à medida que a perspectiva de aperto na oferta da commodity e de desaceleração da economia global deram impulso. Mais tarde, o óleo voltou a cair. Segundo a Reuters, o governo dos Estados Unidos planeja soltar no mercado mais 14 milhões de barris da reserva de petróleo. O anúncio deve ocorrer amanhã, segundo a Casa Branca. Por outro lado, a Opep decidiu por unanimidade cortar a produção “para evitar uma crise tardia e conter uma onda de volatilidade”, disse o secretário-geral da organização em uma conferência de energia na África do Sul nesta terça-feira.
Outro fator que pressionou a commodity foi a decisão da Comissão Europeia de anunciar novas medidas para reduzir os preços de gás natural, como o “desenvolvimento de um novo benchmark” para os preços do gás natural liquefeito (GNL) e um mecanismo para limitar os “preços excessivos” da commodity, enquanto o novo benchmark não é lançado. Ademais, a UE propôs a criação de um mecanismo de compras conjuntas de GLN para “reduzir licitação não coordenada de fornecimento de gás entre os Estados-membros”.
Autor/Veículo: O Estado de São Paulo