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Postos podem lucrar com recarga de carros elétricos

A Shell prevê instalar 35 eletropostos no Brasil até o final de 2023. Outra grande marca, a Petrobras quer criar pelo menos 70 pontos de recarga de carros elétricos até o fim do ano que vem. 

No caso da Petrobras, a novidade chegou em julho deste ano. A Vibra, licenciada da marca, inaugurou o primeiro eletroposto. No local, existem três pontos de recarga. Segundo a empresa, os plugues possuem padrões CCS-2, CHAdeMO (abreviatura de “CHArge de MOve”, equivalente a “Movimento de Carga”) e conector Tipo 2. Já a potência máxima de saída é de 150 kW em corrente contínua ou 45 kW em corrente alternada.

O ponto de recarga foi instalado no posto Petrobras Arco-Íris, que fica na cidade de Roseira, em São Paulo, na Via Dutra. Assim, quem possui um carro elétrico terá essa facilidade para chegar ao Rio de Janeiro.

A princípio, os clientes podem fazer a recarga de forma gratuita. Já os clientes cadastrados no programa Premmia ainda acumulam dez vezes mais pontos. O objetivo da empresa é ligar sete estados brasileiros, cobrindo Sul e Sudeste. Segundo a Vibra, os eletropostos também chegarão a Brasília.

“A escolha de priorizar nossa atuação em postos rodoviários se deu porque identificamos que hoje a maior dificuldade dos usuários de veículos elétricos está relacionada à falta de infraestrutura de recarga fora dos centros urbanos, o que compromete a experiência do usuário em de longas distâncias”, afirma Wilson Ferreira Junior, presidente da Vibra, em nota.

Postos elétricos cobram pela recarga de carro?
Ainda não há um modelo de monetização da recarga de carros elétricos no Brasil. Entretanto, a possibilidade não está descartada. Neste ano, as primeiras empresas já começaram a cobrar pelo serviço. Por exemplo, a Shell cobra uma tarifa de R$ 1,90 por kWh em um posto de São Paulo.

Com o nome de Shell Recharge, o eletroposto oferece uma recarga de até 35 minutos para carros elétricos. Para cobrar, o posto usa o aplicativo da Tupinambá. Além disso, a Tupinambá também opera uma rede própria e possui 150 pontos de carregamento. Destas unidades, a metade já cobra pela recarga.

Apesar de não ser uma prática tão comum, cobrar pela recarga de carro elétrico tem base legal. Em 19 de junho de 2018, a resolução nº 819 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou essa cobrança. Empresas e estabelecimentos privados podem cobrar para que as pessoas carreguem os carros elétricos.

Por outro lado, os postos podem optar por não cobrar a recarga e fidelizar o cliente na conveniência. Nos Estados Unidos, por exemplo, o faturamento com estas lojas acaba sendo maior do que com o abastecimento.

Autor/Veículo: Estadão