O dia 15 de agosto, segunda-feira, marca os seis meses da tragédia causada pelo temporal que castigou Petrópolis e deixou 234 mortos e três desaparecidos. E, para ajudar na reconstrução da cidade serrana, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Obras (Seinfra), está investindo cerca de R$ 500 milhões para a realização de intervenções em diversos bairros.
Uma das obras refere-se ao Túnel Extravasor. Técnicos e operários já instalaram comportas para evitar que as águas da bacia dos rios Quitandinha e Palatinato continuem entrando no túnel. Desta maneira será possível inspecionar toda a sua extensão para avaliar as reais condições do local.
O trabalho de reestruturação acontece também na Rua 24 de Maio, que fica acima do coração comercial da Rua Teresa. Naquele endereço, cinco cortinas de contenção estão sendo fixadas, e o concreto projetado permite a realização das perfurações dos tirantes. Tudo para garantir a contenção do terreno. Ainda será feita a drenagem das escadas hidráulicas que irão direcionar o fluxo de água para o saneamento da rua.
“Moro na Rua 24 de Maio há 45 anos, tenho uma padaria neste local e estou muito feliz com o que estou vendo”, afirmou o comerciante Fabio de Souza.
Mais de R$ 207 milhões em linhas de crédito
Fabio também contou com o crédito oferecido pela AgeRio (Agência Estadual de Fomento) para manter a padaria aberta no período crítico e honrar compromissos com fornecedores. Pelo Programa Reconstruir Petrópolis, a AgeRio disponibilizou linhas de crédito para 3.303 clientes, totalizando R$ 207,1 milhões.
Lúcio Henriques Jucá, 48 anos, nascido e criado em Petrópolis, é dono de loja de comunicação visual no Centro da cidade e foi mais um a buscar as condições oferecidas pela agência. Ele conseguiu empréstimo de R$ 300 mil e disse que a empresa e funcionários só foram mantidos graças ao valor disponibilizado.
“Soube das linhas de crédito da AgeRio ao conversar com um amigo. Felizmente, não tive nenhuma perda familiar, mas precisava manter a empresa sem ter que mandar os funcionários embora. Nossa loja ficou fechada, sem acesso para clientes, o que impossibilitava o nosso trabalho”, afirmou.
FONTE: O FLUMINENSE