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Se petróleo seguir em queda, Petrobras poderá reduzir preços em breve, prevê UBS

A Petrobras poderá, em breve, reduzir os preços dos combustíveis no Brasil se a tendência de queda continuar. A avaliação foi feita pelos analistas do banco suíço UBS. Em relatório aos clientes, a instituição argumenta que, diante da recente queda do petróleo, a estatal teria espaço especialmente no diesel.

Ontem, a Acelen, refinaria privada concorrente da Petrobras, reduziu preços da refinaria na Bahia em até 9% e já vende diesel mais barato que a média nacional da estatal.

“Se os preços (do petróleo) permanecerem nessa tendência, acreditamos que a Petrobras poderá reduzir os preços em breve”, citam os analistas liderados por Luiz Carvalho, em São Paulo.

Nos seis primeiros dias de julho, o barril do tipo brent no mercado internacional caiu mais de 15% diante do temor de recessão nos EUA. Assim, passou do patamar próximo de US$ 120 no fim de junho para valor próximo de US$ 100 ontem, no menor patamar desde abril. O UBS usa dados de ontem, quarta-feira — portanto, antes da alta observada nesta quinta-feira (leia sobre o mercado hoje abaixo).

Com os dados até a quarta, o banco suíço calcula que o preço praticado pela Petrobras em Paulínia (SP) e Itaqui (MA) estaria cerca de 5% acima da paridade internacional. Ou seja, é mais caro comprar da Petrobras que importar das empresas que seguem os valores praticados nos Estados Unidos.

Para a gasolina, o UBS estima que os preços ainda estariam defasados em cerca de 15% —ou seja, abaixo da paridade internacional. Mas os analistas do banco reconhecem que a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a Abicom, estima que a gasolina da Petrobras estaria 2% mais cara que a paridade.

Ontem, a concorrente da Petrobras na Bahia, a petroleira Acelen, anunciou redução do preço na refinaria de 9% para o diesel e queda de 5,2% para a gasolina.

Com essa atualização, a concorrente privada passa a vender o litro do diesel tipo S10 por R$ 5,26 na Bahia, valor inferior à média nacional anunciada no mês passado pela Petrobras, de R$ 5,61. No caso da gasolina, a Acelen reduziu o litro para R$ 4,32, ainda acima da média nacional da Petrobras, de R$ 4,06.

A Acelen é controlada pelo fundo Mubadala, de Abu Dhabi, e comprou da Petobras a então refinaria Landulpho Alves nos arredores de Salvador. A instalação foi rebatizada de refinaria de Mataripe.

Petróleo sobe nesta quinta

Nesta quinta-feira, 7 de julho, o mercado do petróleo opera em firme tendência alta no início desta tarde, com subida superior a 5% no barril do tipo brent, que volta a ser negociado próximo a US$ 105.

Em um mercado bastante volátil, a commodity sobe diante da notícia publicada pela agência Bloomberg de que a China estaria preparando um novo megapacote de incentivo à economia de US$ 220 bilhões. A iniciativa, segundo a Bloomberg, seria através da autorização para que governos locais emitam dívida ainda no 2º semestre deste ano para financiar novos projetos de infraestrutura — o que poderia acelerar a segunda maior economia do mundo.

O petróleo também sobe diante da volta do temor de que a Rússia possa voltar a reduzir a oferta de energia a países vizinhos, especialmente na região do Mar Cáspio.

Autor/Veículo: CNN Brasil